domingo, 27 de junho de 2010

Relacionamento, ou a falta dele.



Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: ‘eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também’. No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração ‘tribalista’ se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter ‘alguém para amar’. Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento.

Um comentário:

  1. Muitas vezes, passamos a vida inteira procurando alguém que seja nossa alma gêmea. Porém na maior parte das vezes esta pessoa, está mais perto do que nós imaginamos. De certa forma, o relacionamento é uma maneira de dividirmos experiências de vida e ter alguém nos esperando para podermos desabafar, ter alguém que nos aconselhe, nos motive e faça com que nunca nos venha na cabeça à palavra desistir, é com certeza, muito bom! Conselhos são bons. Broncas nem tanto (salvo se merecidas). Devemos sempre parar, escutar e refletir o que nos é dito, porque de alguma forma, este alguém já pode ter vivenciado situações semelhantes, ou a forma de ver de quem está do outro lado, pode ser melhor ou diferente da nossa. Carinhos, abraços, beijos, são imprescindíveis em qualquer relacionamento, mas o que realmente mantém algo tão forte em mim, é a confiança e o respeito. Não sei se sou a pessoa mais indicada para falar algo do tipo, mas confiança e respeito na relação, é a mola mestra, e poder contar com o parceiro na hora da precisão, nos deixa mais tranqüilos para continuar na batalha da vida. Não devemos nunca magoar, trair ou ofender, já que como não gostamos de ser magoados, traídos ou ofendidos, qualquer parceiro com certeza não receberá bem essa experiência. A perda de qual quer um dos três pilares da relação (confiança, respeito e bem querer), determinará o fim a convivência.

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