quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Crônica do como me sinto


Todas as meninas procuram príncipes encantados inexistentes, mas eu, eu não. Nunca acreditei em contos de fadas, por serem todos iguais demais, e eu sabia que não podia tudo ser tão semelhante, e que amor, só servia pra te fazer dependente de alguém... Mas um dia eu me surpreendi!
Um dia eu conheci um rapaz, só que era um rapaz diferente, um rapaz que eu via o brilho nos olhos cada vez que esse me olhava, o que fazia eu me sentir especial. E as vezes ele me dava a mão e andava comigo pelas ruas, com um ar de estar desfilando comigo, assim, eu adorava sair com ele, porque mesmo mal arrumada como era, me sentia a menina mais linda! Ele não tinha um emprego, mas gostava de roubar flores pra me dar ou de fazer vaquinhas para comprar cordões do Jack, desse jeito, eu tinha os melhores presentes! Ele não tinha um celular, mas gostava de ir visitar a mãe e travar uma guerra mortal pra entrar no msn pra dizer olá, o que a cada vez que subia uma plaquinha com ‘oi’ me fazia sentir arrepios. Ele não tinha muito tempo pra me ver, mas usava de um rio card escolar pra me ver na faculdade todos os dias, me trazendo assim, e melhor companhia que eu poderia ter. Ele fumava, mas não fuma mais, porque ele achou que parando de fumar poderia me salvar, e sinceramente, conseguiu.
Ele era perfeito! Só porque ele, era ele!  E não porque ele vivia pra mim, mas porque ele viva comigo! Mas, as coisas mudam, e sempre estarem mudando.
Hoje em dia ele anda de mão dadas, ele conseguirá um emprego, ele tem um celular pica das galáxias, e pode me ver, não mais no msn, mas no facebook a qualquer hora que queira, sem precisar um discursão, ele tem ainda o mesmo pouco tempo, mas não tem mais o rio card, e ele ainda não fuma, e hoje em dia, se sou mais saudável é pela atitude dele!
Mas eu também mudei, eu me sentia especial porque ele me fazia especial. Hoje em dia não, hoje eu exigo luzes, eu seguro mãos para não me perder, eu não penso no que gasto, eu não desligo o celular, eu não permito que se sinta saudade, eu quero viver como um siamês. Mas não porque eu seja assim, mas porque eu sinto falta das coisas antigas, das coisas que mudaram e não serão mais como antes, dos momentos de felicidade, da cumplicidade, dos sorrisos sinceros, do amor reciproco, da confiança, da fidelidade, da lealdade, do carinho, da alegria contagiante do meu príncipe.  Do cara bobo, que enfrentaria dragões (ou se aliançaria com ele) para poder me proteger, aquele que eu amo, amei... ( e as reticências é que já não se sabe mais o futuro incerto)
Infelizmente, se tem razão, tudo muda, as pessoas, a gente, a situação. Só não muda o sentimento, esse não muda, esse transforma. E mesmo que hoje em dia não se encontre mais príncipes, se encontram pessoas capazes de dividir a própria felicidade, dividir um relacionamento, não sendo um (porque tudo o que é um, não separa, está junto por obrigação), mas sendo dois (porque se há dois em um lugar, e porque ambos querem estar ali). E acho que é nisso que eu acredito: “ Há príncipes sim, mas esses estão escondidos embaixo da pele de um rapaz sensacional, que poderia ter o mundo, mas preferiu ter a mim”