quarta-feira, 16 de maio de 2012

A menina;


Há muito tempo, mais muito tempo mesmo, existia uma menina doce, meiga, fantasiosa e extravagante. Mas esta se deixou levar por muitas dores, desesperos, percas, mortes, cigarros, bebidas e amores nunca correspondidos. O fato é que ela sempre tinha a força de seus amigos para a ajudar a levantar entre uma dose e outra. Só que dessa vez ela não estava mais com a mesma vontade de encher a cara em cada dia vago na faculdade, não, ela não matava mais todas as aulas, ela não fumava com frequencia, ele nem mesmo demonstrava mais aquela cara de desacreditada. Sabe porque? Porque ela encontrou um amor, um que cuidava dela, que a abraçava e a fazia rir o tempo todo. E por algum motivo esse mesmo se foi, mas não em carne e osso, porque ele continua lá, mas em espirito. E ela sabe que a culpa é toda dela, por não saber cuidar nem dos seus hamisters, que morrem sempre! E hoje, ela se vê desse jeito, sozinha, abandonada, com o sentimento desgastado, desacreditada novamente, chorando em frente ao computador, não tendo mais como contar com seus amigos. Agora, ela só conta novamente com seu café, seu Gudan, e seu copo de licor encontrado em um canto. E sua vida, dessa vez só tem aquele gosto salgado, da lágrima que escorre pelo seu rosto até ir na sua boca enquanto ela anda sozinha no tempo nublado e frio com seu casaco roxo.

- Não, essa história nunca foi pra ser feliz.