quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Escrita versus oral.
Sem joguinhos... A escrita é melhor que a oral. Quando se escreve pode até haver algum sentimento, mas não há o mesmo impacto que algo dito com o mesmo sentimento.
Vou me explicar: vamos supor que tive um dia péssimo, em que tudo deu errado e passei o dia todo chorando e reclamando pelos cantos e tive uma maravilhosa ideia de escrever um texto sobre algo feliz. Nota-se que não estou bem, mas não há importância. Posso acabar de descobrir que fui traida e falar das maravilhas de se ter um relacionamento fiel, porque não? Estou apenas escrevendo o que queria que fosse real, e faço paracer real, é só saber usar as palavras certas.
Mas o 'bicho pega' quando é dito, não há como esconder sentimentos quando se fala. Você pode estar muito bem e fingir estar em um dia péssimo, mas uma hora a sua atuação irá falhar e você esbanjará um sorriso. Ou até mesmo ao contrário, estar mal, muito, muito, muuuito mal e querer fingir estar bem, mas seus olhos, a porta a sua alma te entrega por menos de 30 moedas, e demonstra todo seu sentimento de desolação. O que não ocorre na escrita.
E ai que me pego diversas vezes pensando, porque as pessoas gostam tanto de escrever/ler histórias de romances melosos? Ou até mesmo de terror? Eu tenho a teoria de que é o simples fato de querer sentir o que se escreve/ler... Querer sentir aquela emoção que na realidade não se vive, viver uma história de amor sem mágoas, um terror sem o perigo, uma ação sem ferimentos, um drama sem a dor do choro, um faroeste sem o barulho irritante do revólver e por ai vai.
A emoção vivida da leitura, e a trágica entrega da falada.
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