terça-feira, 3 de agosto de 2010

Conta uma história sobre amor e timidez.



Era uam vez uma menina recatada, que só fazia a observar a todos, mas sem dizer uma palavra.
Esse é o princípio da timidez, querer agradar, e não saber como. Logo ela se calava, analizava a todos ao seu redor, durante todos os dias em suas aulas. Até que um dia algo mudou: Ela reparou que havia alguém diferente, e ela não tinha reparado antes, mas quando reparou seu coração bateu mais rápidos, suas mãos suaram e ela desejou tê-lo ali, exatamente ao lado dela, para poder se aconchegar nos braços de um desconhecido. Mas havia um porém, se ela fosse falar com ele, ele não seria mais um desconhecido.
No seu eterno medo de ouvir talvez algo que a magoasse não pensou três, mas pensou dez vezes. Mas resolver, dessa vez, arriscar e foi para perto do seu mais novo amigo.
Ela chegou, e disse um oi, um oi quase inaudivel, mas mesmo assim, aquele que em menos de uma hora era tudo pra ela. E ele respondeu com um "Olá! Tudo bom com você?!"
A simpatia dele era envolvente, mas o silêncio naquele momento prevaleceu, aquele silêncio que quando aparece no meio de uma conversa, fica-se meio que sem o que fazer, o que dizer... É tanta coisa pra ser dita e demonstrada... Mas ao mesmo tempo as palavras somem, se calam, se escondem. Talvez por medo de serem repetidas e não causarem o efeito esperado. O importante é que depois de algum tempo ela diz apenas um sim.
Olha compenetrante para os olhos pretos daquele galã, não diz nada, mas sua mente gritava palavras, sua mente gritava: "Me cative! Me cative! Me torne sua, me faça conhecer o lado lindo e leve da vida, me liberte!"
Mas nada, quando soube que havia o percebido tarde demais, tarde o suficiente pra ele estar indo se mudar no dia seguinte, e pior, ele era seu vizinho, e ela passava tanto tempo presa em seu quarto idolatrando livros que nunca percebeu que livros não vivem, apenas nos faz viver outras vidas, mas a nossa história é a gente é que escreve.
Dessa vez ela quem escreveria, e resolveu escrever uma carta pra ebtregá-lo antes da sua partida. Estava escrito: "Se eu tivesse que te dizer apenas uma palavra, seria: obrigada. os motivos, você sabe. Você sabe que foi o único a ver por trás desses meus óculos e dessa minha timidez e além disso, uma frase: “Eu te amo, e estarei sempre aqui.” Eu tentei, mas sentimentos como esse não se descrevem. A gente conta uma parte, outra é subentendida, e a outra, a gente esconde. Por isso resolvi pôr em palavras tudo aquilo que talvez não tenha conseguido demonstrar por gestos ou olhares... Indecisa como sempre , eu não sabia se você seria a pessoa certa pra mim, ou se eu seria a pessoa certa pra você, indecisão é assim: Você sabe muito bem o que quer, mas acha que deveria querer outra coisa. E eu errei, errei muito, porque demorei a te reparar, e agora você partirá, mas leve meus olhos mel com você sempre, e leve essa carta, leve esse singelo pedaço de papel, me leve com você." O que ela não sabia era que ele a havia reparado antes, não, ele não era simpático, ele fora com ela porque sempre esperava que ela a reparasse. E ele se foi, ela sempre se lembra dele, e por mais que ele esteja distante,ela ainda chora por ele. Infelizmente você pode se distanciar de quem está ao seu lado, mas nunca de quem está dentro de você.
Essa história não tem moral, não tem ensinamentos, mas uma dica importante. Não tenha medo, levante e dance. Dance como se ninguém estivesse olhando. No fundo, ninguém liga se você não sabe dançar. E no fundo, você não sabe as oportunidades que se escapam por medo de demonstrar e enfrentar.




Feito pra um amigo usar em uma prova, mas eu gostei tanto que postei  :D

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